quinta-feira, 13 de março de 2014

DANÇA COM VÉU


Um dos acessórios mais utilizados na Dança do Ventre, é com certeza o VÈU! Confere um toque de mistério, elegância e beleza visual na performance da bailarina. Deve se tornar uma extensão da mesma, e fluir delicadamente de acordo com os movimentos sinuosos e envolventes.
Essa modalidade varia de acordo com a criatividade da bailarina, que pode utilizar um, dois ou até nove véus, requer para isso muito treino e habilidade.
È comum utilizar o véu na introdução da música clássica, e depois de um momento ele é descartado ou entregue para alguma pessoa da platéia. Algumas preferem deixá-lo preso na cinturão, já que não atrapalha na execução dos movimentos.Normalmente não é utilizado até o fim da música.
Não há um ritmo especifico para seu uso, varia muito do gosto e do trabalho que a bailarina quer propor para seu uso. Porém não é usado em danças folclóricas e solo de derbak.
Requer criatividade, equilibrio para giros e grande movimentação de braços, que devem permanecer alongados em toda execução do movimento.
O uso do véu na Antiguidade é anterior ao Islamismo e até o Cristianismo, pois a prática em cobrir o rosto era muito comum entre as mulheres do Império Bizantino e Persa, definia o status da mulher.
A dança com véu foi apresentada no Norte da Àfrica, Algéria, Marrocos, Tunisia, Turquia com as "ciganas" que dançavam com um véu preso à cabeça ou entre os dentes. Na Rússia elas dançavam com os xales, na Espanha usavam "matons". Por volta da década de 50 o véu tornou-se fundamental nas apresentações de palco e  quem impulsionou essa modalidade foi a bailarina russa Sônia Ivanova no Egito.

TIPOS DE TECIDOS - Pode ser chiffon, organza, vual, georgette, sendo o mais usual a seda pongé 5, pelo brilho, delicadeza e movimento que proporciona.

O tecido pode ser liso, ou estampado, sendo comum o tingimento à mão.

Tamanho: Em relação ao tamanho, fica a seu critério escolher, diante das circunstâncias a serem trabalhadas. Mas vale um conselho - o véu deve ter no mínimo uma distância a mais em relação ao comprimento dos braços ( abertos ) e uma distância igual ou maior na altura dos joelhos.


Como Limpar: Com exceção da seda pura, os demais tecidos podem e devem ser lavados.Encha metade do tanque ou um balde bem grande de água, coloque sabão líquido especifico para roupas delicadas e, após misturar bem o sabão e a água, mergulhe o véu.Normalmente, as manchas saem porque os tecidos utilizados costumam ser finos e de tramas largas. Depois é só enxaguar e colocar para secar na sombra.dica -  este procedimento também podem ser usados em véus com bordas pastilhada ( com discos bordados ). Tome cuidado apenas para não amassar as pastilhas.


Como Guardar: Dobre-o corretamente para não amassar as pastilhas (qdo tiver). O ideal é que fiquem pendurados em cabides em quanto não estiverem sendo usados.Não é necessário nem aconselhável utilizar ferro de passar roupas, pois os tecidos são delicados, que costumam queimar e, alguns materiais derretem.


Perfume: Você pode utilizar em seus véus perfumes em spray, como colônias ou águas leves ( essências oleosas mancham ). Assim as pessoas sentem um agradável perfume quando você se movimenta. Borrife-o duas ou três vezes, a distância de alguns centímetros, nunca diretamente sobre o véu.









VÉUS WINGS

A origem do véu wings sempre foi um mistério, apesar de muita gente dizer que ele é uma adaptação das imagens e rituais da deusa Ísis, eu nunca vi uma egípcia dançar com ele. Pode até ser que a religião tem algo a ver com isso, mas será que alguma egípcia deixaria de usá-lo por respeito ao islamismo? não sei.


Se a técnica é originalmente americana, isso significa que veio de lá, que o Egito e a deusa Ísis não tem nada a ver com isso, certo?  Então qual será sua verdadeira origem?

No início, eram plissados e de uma cor só, mas hoje costumam ser coloridos, fruta cor e até de seda. Pode até ter só um lado da asa. Na hora de escolher, vai personalidade de cada bailarina. Existe um tamanho padrão de 3 metros para cada asa e uma altura de 1,50 m, mas você pode ir em ateliês e fazer um sob medida.
Eram muito caros quando ficaram famosos, mas hoje estão com o preço mais conta em razão da quantidade de pessoas que produzem esses véus. Existem dois modelos básicos: egípcio e argentino. O primeiro possui um velcro que você prende no pescoço, limitando o uso do véu como borboleta.
O argentino não tem isso, é uma faixa mais comprida, e assim é possível brincar com o véu de diversas maneiras: você pode colocá-lo no pescoço, cintura e fazer todos os movimentos que costuma realizar com um véu normal como helicóptero, asa de anjo, leque…além de outros tipos de giros.
Dançar com o véu wings parece fácil, mas engana-se quem pensa assim. Você precisa ter domínio dos movimentos!
Sem contar que uma ótima postura e força nos braços são fundamentais para que os passos saiam bem executados ao mesmo tempo que leves.
Geralmente, as bailarinas escolhem músicas modernas, com batidas fortes e usam o véu como entrada de um show. A argentina Angeles criou uma coreografia para lá de moderna, onde ela não solta o véu em nenhum algum. É uma dança que exalta este acessório, a flexibilidade e a habilidade da bailarina.







*imagens retiradas da internet - meramente ilustrativas




2 comentários:

  1. Quanto sai o véu verde da foto acima??
    obrigada Simone Passos MG
    sisidance18@gmail.com

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    1. Simone, as imagens foram tiradas da internet, são meramente ilustrativas. Não confecciono esse tipo de véu. Obrigada por entrar em contato. Um abraço.

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